IA em Junho de 2025: Eventos, Impactos Socioambientais e Tendências que Moldam o Futuro

Universo TOTVS 2025: Um dos maiores eventos de tecnologia e negócios do Brasil acontece em junho, com foco especial em Inteligência Artificial e mais de 300 conteúdos distribuídos em áreas temáticas.

Enquanto o Google Trends Brasil continua dominado por futebol, política e entretenimento, o mundo da tecnologia segue em transformação acelerada. Neste mês de junho, três grandes temas emergem no cenário de IA: eventos de inovação, impactos socioambientais positivos e a crescente necessidade de regulação equilibrada.

Universo TOTVS 2025: O Maior Evento de Tecnologia e Negócios do Brasil

Em 17 e 18 de junho, o Expo Center Norte, em São Paulo, será palco do Universo TOTVS 2025 – um dos maiores eventos do país voltado para tecnologia, inovação e negócios. Com foco especial em Inteligência Artificial, o encontro promete reunir mais de 16 mil pessoas em dois dias de imersão nas tendências que estão moldando o futuro empresarial brasileiro.

A programação inclui mais de 300 conteúdos distribuídos em áreas temáticas como Palco Fiscal (com foco na Reforma Tributária), Palco Dados e IA, Palco Tendências e Mundo Pessoas. Entre os destaques internacionais estão Neil Redding, que comandará a masterclass “O futuro próximo dos negócios com agentes de IA”, e Sharon Gai, especialista em Inteligência Artificial e ex-head de Global Key Accounts no Alibaba.

Um dos painéis mais aguardados abordará o Plano Brasil Digital 2030+ (BD30+), uma estratégia de longo prazo e multisetorial que visa acelerar a transformação digital para o desenvolvimento econômico sustentável e social do país. O painel será mediado por Laércio Cosentino, fundador e chairman da TOTVS e da Brasscom, e contará com a participação de líderes da FIESP, Associação BD30+, Febraban e CNI.

IA como Catalisadora de Mudanças Socioambientais Positivas

IA para impacto socioambiental positivo: A tecnologia está sendo aplicada para prever desastres naturais, apoiar estudantes, acompanhar gestantes e monitorar a coleta de lixo, demonstrando seu potencial além do setor privado.

Enquanto o setor corporativo avança rapidamente na adoção de IA, cresce também o reconhecimento de seu potencial para enfrentar desafios sociais e ambientais complexos. Segundo artigo recente da Folha de São Paulo, a inteligência artificial desponta como aliada estratégica capaz de potencializar ações, ampliar impacto e acelerar transformações sociais urgentes.

Exemplos concretos já em operação incluem sistemas de IA para prever desastres naturais, apoiar estudantes, acompanhar gestantes e monitorar a coleta de lixo. O Google.org está investindo US$ 30 milhões em organizações que promovem e utilizam IA para causas sociais, reconhecendo que o potencial dessa tecnologia vai muito além do setor privado.

No entanto, o uso da IA no terceiro setor ainda enfrenta desafios significativos. Muitas organizações sociais e filantrópicas carecem de recursos financeiros, técnicos e humanos para incorporar a tecnologia de forma estratégica. É necessário criar pontes entre o universo tecnológico – disruptivo, acelerado e orientado a dados – e o setor social, que opera com lógicas e tempos diferentes.

O Paradoxo Energético e a Necessidade de Regulação Equilibrada

O paradoxo energético da IA: Enquanto a tecnologia ajuda a enfrentar desafios ambientais, seu próprio desenvolvimento e operação geram impactos consideráveis, exigindo regulação equilibrada e compromissos com emissões líquidas zero.

Um relatório recente da ONU News trouxe dados preocupantes sobre o impacto ambiental da inteligência artificial. O consumo de eletricidade pelos centros de dados que sustentam a IA tem aumentado significativamente, com as quatro principais empresas de tecnologia – Amazon, Microsoft, Google e Meta – registrando um aumento de 150% em suas emissões de carbono em comparação com 2020.

Este cenário evidencia o paradoxo da IA: ao mesmo tempo em que pode ser uma ferramenta poderosa para enfrentar desafios ambientais, seu próprio desenvolvimento e operação geram impactos consideráveis. Quase metade das empresas analisadas já se comprometeu a atingir emissões líquidas zero, mas o ritmo de crescimento do consumo energético continua superando as medidas de mitigação.

Neste contexto, a regulação equilibrada da IA emerge como tema crucial. Segundo o Ministério da Fazenda, uma regulação bem estruturada ajudará a fortalecer o novo ciclo de desenvolvimento do país. O desafio está em criar regras que garantam o uso ético e responsável da tecnologia sem frear a inovação e a competitividade das empresas brasileiras.